quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um Capricho dos Deuses






Um Capricho dos Deuses” é mais um dos sucessos de venda do aclamado escritor de suspense Sidney Sheldon. Para quem não conhece o trabalho do autor ele é o escritor de sucessos como “A Ira dos Anjos”, “A Herdeira”, e “Um Estranho no espelho”. Se você nunca leu um de seus livros, está no momento de começar. Sidney escreve suspenses realistas, thillers políticos, romances recheados de sexo e traições. Ele é, acima de tudo, o meu autor favorito de todos os tempos. Li meu primeiro livro dele (A Herdeira) aos quatorze anos, e desde então nunca mais parei.

Nesta obra do autor, originalmente publicada em 1987, Sidney interliga intriga política,suspense e fatos históricos com sua natural genialidade. Um novo presidente é eleito na metrópole mundial, os Estados Unidos da America, e Paul tem um conceito bem definido para sua conduta na presidência. Ele quer conduzir o país ao um novo nível no mercado mundial, e ele sabe que para isso, precisa do apoio de um País específico, um país da cortina de ferro. A Romênia recebeu um golpe de estado, e apenas um homem governa o país. Mary Ashley entra na estória como uma inocente, ao ser convocada para assumir a embaixada dos EUA na Romênia, ela não faz a menor ideia da avalanche que está prestes a se abater sobre ela e sua família.

Minha mãe costuma dizer o seguinte, todos os livros de ficção precisam ter uma “cortina” interessante, que ao redor dos personagens e do enredo,é necessário a cortina de fatos que trás um “conteúdo” para a obra. O que ela quer dizer é que o espaço físico onde o livro se passa deve ser bem delineado e explorado pelo autor, nós leitores precisamos caminhar em solo firme, mesmo enquanto lemos. Sidney Sheldon é o máximo de autoridade neste aspecto. Ele sabe como criar uma “cortina” histórica que acrescenta conhecimento e interesse no leitor. Muitos dos detalhes que ele destaca no livro são fatos reais, quem não fugiu da Escola sabe disso. Então, além de uma trama instigante, com personagens misteriosos e um suspense que chega até as últimas páginas do livro, nós também recebemos uma boa aula. Quer um trabalho literário melhor que isso?

Apesar de ter me envolvido com a estória, preciso destacar certos pontos negativos. As protagonistas de Sidney Sheldon são conhecidas como mulheres fortes, determinadas...que começam inocentes e acabam “evoluindo” durante a estória. Mary Ashley não é uma delas. A personagem carrega sua ingenuidade como um alvo no meio da testa, acaba se envolvendo com o homem errado mesmo quando tinha todos os motivos para desconfiar dele. Ao passar do meio do livro, eu já estava “Ok, agora ela vai dar uma Jennifer Parker no tribunal”(quem leu “A Ira dos Anjos” vai compreender ao que estou me referindo). Mas não. Ela continuou meio que gravitando entre os tubarões. Isso me incomodou o bastante para comentar aqui. 

“Um Capricho dos Deuses” não é nem de longe o melhor trabalho de Sidney Sheldon, contudo ainda assim possui suspense e assassinatos suficientes para agradar o público fiel do autor. 

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Caçador de Pipas



"...descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo.Porque,de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar." 


Este sendo o segundo melhor livro que já li, com certeza me emocionou e me surpreendeu com os fatos nele escrito.
A história se passa nos tempos da segunda guerra mundial, quando ela atingiu o Afeganistão e destruiu muito mais do que casas e ruas; e sim sonhos e esperanças de crianças inocentes.
Trata-se de um menino chamado Amir, cujo seu pai era um cara poderoso e querido pelas pessoas. Os empregados Ali e Hassan, eram grandes colegas da família, sendo Hassan o melhor amigo de Amir; pelo menos era o que ele achava. 
O que os dois mais adoravam era os dias em que soltava pipas juntos. Hassan sempre gostou de Amir mais do que sua própria existência, ao contrário de Amir que sempre obteve uma certa inveja da coragem e da lealdade de Hassan.
O livro mostra como somos capazes de fazer mal à quem jamais fizeram algo para merecer. Como a inveja pode trair nossos próprios pensamentos, e em como a culpa e a redenção podem acabar aos poucos com a nossa integridade.
Podemos julgar Amir por coisas absurdas que lemos no livro. Mas então eu me pergunto, somos realmente melhores do que ele? Até que ponto chegaríamos para atingir nossos objetivos? Até onde a culpa poderia acabar de vez com nossas vidas, tornando ela um poço de arrependimentos?
Antes de responder à qualquer um, responda a si mesmo essas questões; pois ninguém te julgará melhor do que você mesmo.

''— Sei que no fim, Deus vai perdoar. Vai perdoar a seu pai, a mim e também a você. Espero que possa fazer o mesmo. Perdoe seu pai se puder. Perdoe-me, se quiser. Mas, acima de tudo, perdoe a si mesmo.''

Uma história que me agregou valores, com certeza!